domingo, 20 de junho de 2010

A copa do mundo é nossa!

Citação do Milton Neves, comentarista da Band, ao término do jogo Brasil (3) X Costa do Marfim (1), dia 20/06/2010:
"Hoje ganhamos dessas éguas sem freio, esses cavalo!..."
Finalmente um comentário inteligente sobre a copa!

E segue o baile...

sábado, 12 de junho de 2010

Histórias da vovó

Quem foi que disse meu Deus, que se alguém tomar sorvete no inverno, inevitavelmente, vai ficar gripado? Por acaso enviam os vírus da gripe dentro dos potes de sorvete? É uma conspiração? Porque a justificativa só pode ser essa, partindo do ponto de que se o motivo da doença fosse a temperatura do sorvete eu também não poderia tomar água gelada, nem comer uma fruta que estivesse na geladeira – mas a água gelada e a fruta não fazem mal, o problema esta diretamente associado ao sorvete. E deve ser dessas gripes das brabas, porque toda vez que chego perto do freezer vem uma voz familiar me alertando sobre ela (antigamente minha avó, hoje a sogra).
Não é engraçado parar pra pensar em todos esses mitos que nossos avós pregavam na nossa infância? E o mais engraçado, na minha opinião, é que muitos deles ainda não foram derrubados. O homem já chegou à lua, já tem cura pra quase tudo, mas continuamos não podendo tomar sorvete no inverno. E atenção mulheres: também não podemos lavar o cabelo quando estamos menstruadas. Ééé... Essa é velha! O motivo? Quando se lava o cabelo quando está menstruada você pode ficar louca! – Explicação razoável, não acham? Mas de onde surgiu isso? Eu fico me perguntando qual era o objetivo da pessoa que inventou essa fábula além de ver as mulheres com o cabelo sujo por uma semana...
E porque não podemos comer uva e leite em um espaço curto de tempo – com a justificativa de que pode fazer mal - se existem doces, sorvetes, picolés, etc. que misturam os dois ingredientes, e mesmo os comendo ao mesmo tempo não sentimos nada? O mesmo com manga, melancia, laranja...
E falando em passar mal, temos também a lenda do bolo quente. Mas essa já é manjada, é claro que é só pra nos fazer esperar pelo momento certo de cortar o bolo – depois das refeições, por exemplo. Então, se você nunca tinha pensado nisso antes, vá para a cozinha, asse um bolo e ao tirar do forno o corte na hora, sem dó nem piedade e nem medo, porque não vai haver dor de barriga alguma!
Essas historias são as mais generalizadas, que se pode ouvir em qualquer lugar. Mas sei bem que cada família tem as suas... Na minha, por exemplo, minha avó dizia que criança não podia comer bala de hortelã porque era muito forte... Todo mundo conhece essa bala e sabe que está longe de ser um halls preto, é uma balinha de chá! Mas enfim, a vó falou, tá falado.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Um pouco de tempo perdido...

Hoje, 09 de junho de 2010, em meio a um conturbado final de semestre da faculdade e uma crise de sinusite, me dei ao luxo de me jogar no sofá com um cobertor e um bolo coberto com uma exagerada camada de brigadeiro pra assistir um filme, dispondo de todo o tempo do mundo e dando as costas pra todo o resto. O filme foi “O Solista” – recomendo.
Trata-se de uma historia verídica sobre uma improvável amizade entre um jornalista do LA Times e um sem teto esquizofrênico que toca violoncelo pelas ruas onde vive. Enfim, não darei mais detalhes sobre o filme para não entregar o jogo a quem ainda pretende assisti-lo mas, o fato é que, ele me remeteu instantaneamente a um vizinho, que morava na calçada do meu prédio em Porto Alegre.
O homem era surpreendentemente educado, cumprimentando sempre muito cortês a todos que cruzavam seu caminho e, em contra partida, ouvindo poucas respostas de volta. Por pura curiosidade e falta de quem cumprimentar nas ruas abarrotadas de estranhos daquela cidade, eu respondia. Ate que um dia ambos paramos em um sinal de pedestres fechado esperando para atravessar a rua. Ele olhou pra mim e apontou um prédio: “Sabe o que eles fazem lá? É o hospital do câncer de Porto Alegre. Trabalham com tais e tais diagnósticos – citou inúmeros termos médicos que eu não conseguiria reproduzir nem com a escora de um dicionário – e os medicamentos são estocados no primeiro andar, cerca de 3347 exemplares, nitrato de...”. Desculpem a ignorância, sou realmente péssima em fórmulas de química e física, assim como não posso relatar com a precisão científica as teorias de física quântica nas quais ele acredita.
Quanto tempo leva para abrir um farol de transito? Três minutos? E lá estava eu, boquiaberta e intelectualmente ignorante demais para travar uma conversa com aquele sujeito maltrapilho que eu vejo comendo restos de comida na calçada. Ao conseguir atravessar a rua cheguei em casa e joguei todas aquelas informações no Google para me certificar de que não se tratava de um blefe, mas não, o cara realmente sabia do que estava falando.
Eu poderia entrar na eterna reflexão de como as pessoas se deixam julgar pelas aparências, muito clichê. Prefiro me ater a uma indagação bem mais complexa: Será que aquele homem estava ali por opção? Ou que tipo de decepção pode fazer um homem realmente desistir de tudo? Queria encontrá-lo novamente e, assim como me permiti ficar atirada no sofá hoje, parar de desperdiçar tanto tempo com o trabalho e doar algumas horas a ele.