quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Falta de memórias de uma infância

Eu sempre tive, desde pequena, um certo desvio de atenção. Trata-se de uma memória seletiva involuntária, é a minha teoria... Toda vez que eu chegava em casa da escola e minha mãe perguntava se tinha lição eu simplesmente não sabia responder. Eu nem sequer sabia sobre quais disciplinas eu tive aula, que dirá a matéria que, teoricamente, eu tinha aprendido. Até que eu ía bem na escola, meu subconsciente sempre dava uma mãozinha, mas na época minha memória recente era sufocada por outros turbilhões de idéias que surgem em mentes jovens e férteis.
Até aí, tudo bem. O problema é que esses lapsos de esquecimento iam além da escola... Eu me lembro, não sei como, de um dia em que minha mãe pediu pra eu ir ao mercado. Normalmente ela me pedia duas coisas, e eu esquecia de uma, ou então brigava com ela por se precaver e pedir pra eu anotar pra não esquecer. Mas, neste dia, em especial, eu fiz pior. Saí de casa bem bela, encontrei uma amiga, fiquei uma hora jogando conversa fora com ela na rua, e voltei. Sem compra alguma. Eu até tentei inventar uma desculpa quando a minha mãe me perguntou das compras, mas acabei caindo na gargalhada junto com ela.
Ela só não achou tão engraçado quando eu esqueci a minha irmã. Nessa época eu ainda morava no interior, bem no interior, e o leite que consumíamos era tirado direto da vaca, quentinho... Eu ía até a vizinha buscar o leite fresco em um balde, quase todos os dias. A minha irmã, cuja primeira frase completa que aprendeu foi "Mana, posso ir junto?" me fazia companhia em vários desses passeios. Em um final de tarde de verão lá fomos nós, baldinho na mão, rumo à nossa tarefa diária. A vizinha tinha um filho da mesma idade da minha irmã, com uns dois anos, mais ou menos. Ela chegou lá, encontrou com ele e entrou na casa para brincar. Eu conversei um pouco com a vizinha, peguei o leite, fui embora.
Quando cheguei em casa, minha mãe com seu faro maternal em funcionamento pleno perguntou: "- Você não está esquecendo de nada?". "-Não." - respondi prontamente.
- E a sua irmã?
- Esqueci.
Depois do olhar que ela me lançou não precisava dizer mais nada. E acredite, vocês não gostariam de estar lá pra ver.
Como minha mãe mesmo diz, quem não usa a cabeça usa as pernas. Tive que voltar lá com a maior cara lavada dizendo que tinha ido buscar a irmã extraviada.

8 comentários:

  1. já ouvi ssa história! hahaha! mandou muito bem prima!

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  2. pelamordedeussss...esse é meu orgulho tilapiaaa!!!

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  3. AUHSUAHSUAHSUAHSUASAUHS
    A Na já tinha me contado essas historia aee :P
    haha..adoreei .
    Bjo priima

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  4. haihaiuhaiuaheiuhaiuea
    Diane desnaturada, pobre da irmã!

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  5. husahusahusahu..tadiiinha da Nadine com uma irmã dessas..bjão amiiga..saudaade...te adooroo!

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  6. adorei... parabens, ta mto bacana
    e se um dia, num futuro proximo ou distante,
    pensar em mencionar algo sobre banho de sol na laje..... sabe né

    beeeijoss meninaa
    saudadess gigante

    ah...tenho umas coisas antigas escritas em tempos remotos, to pensando em por no "blog
    q eu fiz pra comentar no seu" kkk
    se eu publicar la, te aviso pra que comentes
    beeijos

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  7. Só podia ser a dona Diane pra fazer uma palhaçada dessas! ahahaha.. e a cara da tia Berna, eu imaginoooo! hehehhhehhe
    e a Nadine.. aposto q tava facera lá q tb nem notou a tua saída! hehehe..
    coisas de família, adorar ficar fora de casa!
    Beeeeijooo amiga
    tô adorando tudo isssoooooooo! amoooo tu

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  8. dianeeeeeeee se apresentando...... da nadaa... pelo menos tu é a irma esquecida.. e a minha mãe q me esquecia em santa rosa???
    faço o que com ela?
    auhuahhauahuahuahuah

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