terça-feira, 11 de maio de 2010

Coisas da aviação 3

A aviação é um oficio regido por regras militares rígidas, com poucas exceções. Essas exceções tem nome, sobrenome, e altos cargos. Pois a filha de uma dessas exceções embarcou em um vôo de jato executivo com um macaco no colo, afirmando que o bicho iria solto (o que é proibido por lei, e por questões óbvias de segurança - imaginem quantos botões um macaco pode apertar se entrar na cabine de comando) porque ela era filha de ciclano.
Pois bem, o primeiro oficial e o comandante do vôo não fizeram nem menção de contrariar a criatura, que entrou serelepe aeronave adentro com seu irmão primata.
Mas era lógico que os dois militares não iriam deixar aquilo barato. Talvez um pequeno incidente pudesse acontecer no caminho... e não é que aconteceu?
Sem se lembrar que o pequeno animal literalmente macaqueava pelo avião, ele abriu uma pequena janelinha que na época esse tipo de avião, que não é pressurizado, tem no teto. Demorou dois segundos pra pressão do ar interno e a força do vento la fora sugar o pobre bicho que, se não aprendeu a voar... essas horas ta no planeta dos macacos.
Mas, maldades a parte, nem só de corações peludos se faz a aviação. Também há aqueles que são bonzinhos até demais! Para não pagar uma passagem extra para levar seus pets a bordo, algumas pessoas optam por deixá-los no compartimento de bagagens mesmo, no porão do avião. Minha ética profissional não me permite falar muito a respeito, mas eu realmente não recomendo... Enfim, um veterinário seguiu para um vôo com destino a Brasília com um cachorro despachado como carga. Os funcionários de carga, ao retirar o animal do porão, não demoraram muito a perceber que o animal estava morto. O bicho estava gelado, e não se mexia a pelo menos meia hora. Sem saber o que fazer, e sem conseguir medir quanto das conseqüências daquele acidente iriam sobrar pra eles, resolveram dar aquele jeitinho brasileiro na situação... juntaram todo o dinheiro que tinham e foram comprar um cachorro da mesma raça pra pôr no lugar do outro.
Ficaram de olho no momento em que o dono do animal o pegava para ter certeza de que ele engoliria a troca. Viram de longe a cara de surpresa do veterinário enquanto falava: “Ué! Eu trouxe um cachorro morto pra fazer minhas pesquisas! Como esse cachorro vivo veio parar aqui na minha caixa?!”.
Como diz meu sábio instrutor: “Parabéns tripulantes! Estamos piorando satisfatoriamente!”.

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